terça-feira, 26 de setembro de 2017

Química dos Corantes e Seus Malefícios


 Corantes: um perigo colorido

Colorir os alimentos a fim de atrair os consumidores é uma estratégia muito utilizada pela indústria – principalmente para atrair o público infantil. Mas será que o uso desses corantes artificiais é seguro?
Por definição, os corantes são substâncias que, ao serem adicionadas aos alimentos, provocam alteração em sua cor, não apresentando nenhum valor nutricional.
O uso dos corantes artificiais pela indústria pode ser explicado, por essas substâncias serem mais baratas, estáveis e mais brilhantes do que a maioria dos corantes naturais, porém deve-se ter atenção aos efeitos na saúde que podem acarretar. Nos últimos anos, foram encontrados mais riscos no consumo de corantes artificiais do que em qualquer outro aditivo.

Vale ressaltar que as crianças apresentam maior suscetibilidade às reações adversas provocadas pelos aditivos alimentares (como os corantes e conservantes), uma vez que ainda apresentam imaturidade fisiológica, que prejudica o metabolismo e a excreção dessas substâncias. Além disso, a criança não tem capacidade cognitiva para controlar o consumo desse tipo de substância.

Estudos recentes mostram que os corantes artificiais podem estar relacionados com o desenvolvimento de câncer, alergias e déficit de atenção/hiperatividade em crianças. Desta forma, existem motivos de sobra para que a presença de corantes seja destacada no rótulo dos alimentos e medicamentos, especialmente os voltados ao público infantil

Por isso, fique de olho na embalagem do produto! Entre alguns dos principais efeitos associados a cada tipo de corante estão:
§  Amarelo crepúsculo – Reações anafilactoides, angioedema, choque anafilático, vasculite e púrpura. Reação cruzada com paracetamol, ácido acetilsalicílico, benzoato de sódio (conservante) e outros corantes azoicos como a tartrazina. Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio.
§  Amarelo quinolina – Suspeito de causar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio.
§  Amarelo tartrazina – Reações alérgicas como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmo, urticária, eczema, dor de cabeça, eosinofilia e inibição da agregação plaquetária à semelhança dos salicilatos. Insônia em crianças associada à falta de concentração e impulsividade. Reação alérgica cruzada com salicilatos (ácido acetilsalisílico), hipercinesia em pacientes hiperativos. Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio.
§  Azul brilhante – Irritações cutâneas e constrição brônquica, quando associado a outros corantes. 
§  Vermelho 40 – Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio. 
§  Vermelho ponceau 4R – Relacionado a anemia e doenças renais, associado a falta de concentração e impulsividade e pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio.

Portanto prefira corantes naturais, pois além de deixar os alimentos mais coloridos, essas substâncias apresentam um amplo espectro de propriedades farmacológicas, como antioxidante e antipirético (prevenir ou reduzir a febre), enquanto os artificiais não apresentam nenhum valor nutritivo e podem causar diversos malefícios à saúde.


Cícera Araújo

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