Corantes: um
perigo colorido
Colorir os alimentos a fim de atrair os
consumidores é uma estratégia muito utilizada pela indústria – principalmente
para atrair o público infantil. Mas será que o uso desses corantes artificiais
é seguro?
Por
definição, os corantes são substâncias que, ao serem adicionadas aos alimentos,
provocam alteração em sua cor, não apresentando nenhum valor nutricional.
O
uso dos corantes artificiais pela indústria pode ser explicado, por essas substâncias
serem mais baratas, estáveis e mais brilhantes do que a maioria dos corantes
naturais, porém deve-se ter atenção aos efeitos na saúde que podem acarretar.
Nos últimos anos, foram encontrados mais riscos no consumo de corantes
artificiais do que em qualquer outro aditivo.
Vale
ressaltar que as crianças apresentam maior suscetibilidade às reações adversas
provocadas pelos aditivos alimentares (como os corantes e conservantes), uma
vez que ainda apresentam imaturidade fisiológica, que prejudica o metabolismo e
a excreção dessas substâncias. Além disso, a criança não tem capacidade
cognitiva para controlar o consumo desse tipo de substância.
Estudos recentes mostram que os corantes
artificiais podem estar relacionados com o desenvolvimento de câncer, alergias
e déficit de atenção/hiperatividade em crianças. Desta forma, existem motivos
de sobra para que a presença de corantes seja destacada no rótulo dos alimentos
e medicamentos, especialmente os voltados ao público infantil
Por
isso, fique de olho na embalagem do produto! Entre alguns dos principais
efeitos associados a cada tipo de corante estão:
§ Amarelo crepúsculo – Reações anafilactoides, angioedema, choque
anafilático, vasculite e púrpura. Reação cruzada com paracetamol, ácido
acetilsalicílico, benzoato de sódio (conservante) e outros corantes azoicos
como a tartrazina. Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao
benzoato de sódio.
§ Amarelo quinolina – Suspeito de causar hiperatividade em crianças
quando associado ao benzoato de sódio.
§ Amarelo tartrazina – Reações alérgicas como asma, bronquite,
rinite, náusea, broncoespasmo, urticária, eczema, dor de cabeça, eosinofilia e
inibição da agregação plaquetária à semelhança dos salicilatos. Insônia em
crianças associada à falta de concentração e impulsividade. Reação alérgica
cruzada com salicilatos (ácido acetilsalisílico), hipercinesia em pacientes
hiperativos. Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao
benzoato de sódio.
§ Azul brilhante – Irritações
cutâneas e constrição brônquica, quando associado a outros corantes.
§ Vermelho 40 – Pode provocar hiperatividade em crianças quando
associado ao benzoato de sódio.
§ Vermelho ponceau 4R – Relacionado a anemia e doenças renais, associado a
falta de concentração e impulsividade e pode provocar hiperatividade em
crianças quando associado ao benzoato de sódio.
Portanto
prefira corantes naturais, pois além de deixar os alimentos mais coloridos,
essas substâncias apresentam um amplo espectro de propriedades farmacológicas,
como antioxidante e antipirético (prevenir ou reduzir a febre), enquanto os artificiais
não apresentam nenhum valor nutritivo e podem causar diversos malefícios à
saúde.
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